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É muito difícil precisar a data de fundação de um bairro. Principalmente
em tempos remotos, quando não havia meios de comunicação, transporte
e o nível cultural era restrito a alguns poucos. Contudo, vamos
estabelecer como princípio, 25 de Janeiro de 1.554, quando Padre
José de Anchieta chega nas terras de Piratininga e funda a aldeia
de São Paulo de Piratininga.
À partir daí, podemos imaginar que sendo esta terra habitada
por índios, os povoados já existiam. Com a vinda dos brancos e a
colonização, iniciou-se basicamente a fundação do que hoje chamamos
de bairro. São Miguel Paulista, ou aldeia de Ururaí, como era chamada,
tem sua data oficial de fundação o dia 21 de Setembro de 1.622.
O bairro situa-se
na extremidade leste da capital. Anteriormente, conta a História
que, após desentendimentos entre tribos indígenas, houve a dispersão
dos mesmos, formando novas aldeias, entre elas, a aldeia de Ururaí,
cujas terras foram doadas aos índios, através da Carta de Sesmaria,
datada de 12 de Outubro de 1.580. Nesta aldeia, foi construída uma
capela pelos jesuítas e índios, a qual recebeu o nome de Capela
de São Miguel Arcanjo. A devoção apareceu facilmente no coração
dos índios, com os ensinamentos dos jesuítas. 
 
A Evolução do Bairro 

Com a chegada dos brancos, a Carta de Sesmaria passou
a ser desrespeitada, abrindo espaços para a lavoura o crescimento
local. Em 26 de Abril de 1.865, foram criadas duas classes do ensino
das primeiras letras (curso primário). Uma para os meninos e outra
para as meninas. Em 16 de Junho de 1.891, criou-se o primeiro Cartório
de Paz e em 1.892, o primeiro Cartório de Registro Civil. São Miguel
crescia e em 1.903, já contava com 108 casas e 2.299 habitantes.
 
A principal atividade
era a indústria da cerâmica. À partir de 1.913, o bairro passou
a evoluir também comercialmente. O primeiro comerciante do bairro
foi o Sr. Manuel Ferreira Guimarães. Em 1.920, o corretor Sr. Geni,
coloca em seu loteamento, (atual Parque Paulistano), um ônibus com
três viagens diárias, facilitando desta forma, o acesso para os
compradores de seus terrenos. Neste mesmo ano, começaram a se dirigir
para São Paulo, grande número de nordestinos, principalmente baianos,
que de modo especial, se instalaram em São Miguel
Em 1.950, foram fundados a Maçonaria, o Rotary e o Lions
Club. Seus fundadores e principais associados, são ainda hoje, comerciantes
estabelecidos na região. O primeiro ginásio noturno estadual, inaugurou-se
em 1.953 no Carlos Gomes, já instalado como Grupo Escolar desde
 primeira estrada
do bairro, São Paulo-Jacareí, foi construída precariamente em 1.924,
devido a falta de recursos, Em 1.930, inaugurou-se a linha de ônibus
Penha-São Miguel, da Empresa Auto Ônibus Penha São Miguel. Em 1.932,
quatro anos após a inauguração da estrada de ferro Central do Brasil,
foi inaugurada a linha variante e no mesmo ano, a estação de São
Miguel. A fase industrial, iniciou-se em 1.935, quando o Sr. Antônio
Fuga e seus filhos deram início à construção da Cia Nitro Química
Brasileira.
A primeira estrada
de concreto do Brasil, surgia em São Miguel, no ano de 1.939, assim
como a energia elétrica e a inauguração da Cia Nitro Química Brasileira.
Em 1.941, é instalada em Ermelino Matarazzo, a Celosul, fábrica
de papel, de propriedade do Grupo Matarazzo. Nessa época, Ermelino
Matarazzo fazia parte de São Miguel. A Cia Nitro Química cresceu
rapidamente e em 1.948, já empregava 4.000 operários. São Miguel
começava a expandir em direção à cidade.
Atualmente, a área territorial do distrito, representa
a porção remanescente da Sesmaria concedida em 1.580 aos índios
cristãos de Ururaí. Itaquera e Lajeado ( atual Guaianazes ), desmembraram-se
de São Miguel, constituindo distritos autônomos, criados respectivamente
em 1.920 e 1.929. Em 1.959, desmembrou-se Ermelino Matarazzo, reservando-se
à São Miguel, a área mais ligada à capela.
A denominação do
distrito sofreu sucessivas alterações. A mais antiga referência
nominal à região, é Ururaí. Com a formação da aldeia cristã, surgiu
São Miguel de Ururaí. Em 1.944, esta denominação foi substituída
por Baquirivú, mas em 1.948, após protesto dos moradores, reapareceu
com o nome de São Miguel Paulista. À partir de então, houve uma
rápida ascensão do bairro, gerando diversos problemas, uma vez que
a mão-de-obra não qualificada, distribuiu os novos moradores aos
mais distantes locais, onde houvesse possibilidade de aproveitamente,
criando dificuldades para o transporte urbano até o centro da cidade.
Com o grande fluxo de novos moradores de baixa renda, construindo
suas moradias em lotes apertados e sem infra-estrutura, passaram
a viver de forma precária.
Por volta de 1.950,
quase tudo estava para reformar ou refazer no bairro. Foi quando
os problemas locais, sensibilizaram a pública. O Governo do Estado,
ativou o setor educacional, multiplicando as escolas primárias e
estabelecimentos de ensino secundário. A descentralização administrativa,
muito ajudou na solução dos problemas sociais e urbanísticos de
São Miguel Paulista, passando a levar à região, os melhoramentos
tão esperados, que vão desde a reforma de nomenclatura de vias públicas
até a integração do bairro no grande sistema viário da capital,
entre vários outros benefícios à população
 

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