Menu

Seguidores

Conheça nosso site oficial

São Miguel completa 387 anos

No mês de setembro o bairro de São Miguel completará 387 anos, e como já é tradição, a Subprefeitura São Miguel fez parcerias com colônias residentes na região e que se destacam por realizar festas temáticas com as tradicionais comidas típicas, além disso, abrange uma ampla variedade de eventos que atrai um público diversificado, de todas as idades, religiões e costumes culturais.

 O bairro de São Miguel possui uma população com mais de 370 mil habitantes, entre eles estão muitos representantes da variada imigração brasileira. Com os festejos de aniversário, a população tem a oportunidade de cultivar e valorizar o patrimônio público, os costumes, as lembranças do passado, bem como alimentar a esperança de um futuro melhor para nossa região.

A cada ano a participação dos moradores de São Miguel e região tem aumentado. Em 2007, quando o bairro completou 385 anos, a presença da população subiu sensivelmente, um exemplo foi a Festa Árabe que atraiu muitos simpatizantes para aquela cultura. O destaque da festa ficou por conta do tacho de metal emborcado sobre uma fogueira e o fundo desse tacho servia como uma chapa, na qual uma senhora assava pães sírios e talemes, uma espécie de esfiha com diversos recheios.

Na Festa Japonesa também não foi diferente, teve um aumento de aproximadamente 30% do público. Festa esta, que é conhecida por integrar a comunidade de imigrantes japoneses à sua cultura, no qual exibem diversas danças e performances artísticas. Além das comidas típicas: sushi, sashimi, yakissoba etc.

Da mesma forma, é a tradicional Festa Portuguesa que os convidados podem saborear algumas das especialidades da culinária como: bolinhos de bacalhau, lingüiça portuguesa, alheira, caldo verde, doces com fio de ovos, pastel de Santa Clara, entre outros. No ano anterior os visitantes que passavam pela colônia portuguesa ganharam pequenos “mimos”, ou seja, eram broches confeccionados com fitas, que representavam as cores das bandeiras brasileira e portuguesa.

Neste ano a expectativa é que aumente ainda mais a participação da comunidade nos festejos, o inicio foi no dia 31 de agosto com uma missa celebrada pelo padre Geraldo Antonio Rodrigues, na Catedral de São Miguel Arcanjo, e, além das festas temáticas, o aniversário de São Miguel é comemorado com uma variedade de eventos, como o desfile cívico, passeio ciclístico, culto evangélico, exposição de carros antigos e uma homenagem a pessoas que estão no bairro há muito tempo e que contribuíram muito com a formação e crescimento de São Miguel, chamada de Pioneiros.

São Miguel Paulista: da capela à mesquita
 


Capela de São Miguel Arcanjo, ponto de referência cultural e religiosa do bairro de São Miguel Paulista, passa hoje por um cuidadoso processo de restauração
São Miguel é uma das regiões político-administrativas da cidade de São Paulo. Dividida em três distritos - São Miguel, Jardim Helena e Vila Jacuí - possui atualmente cerca de 400 mil habitantes, população equivalente à de muitas das maiores cidades brasileiras. Durante muitas décadas, para os paulistanos, falar nesse bairro era falar em uma região mergulhada em problemas de ordem econômico-social.

O bairro de São Miguel Paulista, no extremo leste do município, começou a existir para os colonizadores portugueses quando ali colocou os seus pés o padre José de Anchieta, em 1560. O religioso teria se encontrado naquelas terras, chamadas de Ururaí, com índios Guaianases cujo líder era Piquerobi, irmão de Tibiriçá.

Esses nativos haviam abandonado a região do colégio jesuíta de São Paulo, pois os moradores da vila de Santo André da Borda do Campo foram transferidos para São Paulo de Piratininga e a chegada de levas de brancos havia atemorizado os Guaianases do planalto; por isso, muitos acabaram por se retirar, entre eles os que iriam fundar a aldeia de
Ururaí, nome do rio que depois se chamaria Tietê.

Segundo a tradição, o padre Manuel da Nóbrega pediu a Anchieta que prosseguisse com a obra de evangelização dos índios. Este, então, teria tomado à iniciativa de erguer uma pequena igreja de paredes de taipa de pilão, que recebeu o nome de São Miguel, arcanjo do qual Anchieta era devoto e que também era o padroeiro de sua terra natal, La Laguna, em Tenerife, na Espanha.

Nem sempre os historiadores têm opiniões convergentes sobre esse conjunto de acontecimentos. Em todo caso, a igreja é considerada templo religioso pioneiro da cidade de São Paulo e reconhecida como uma das construções mais antigas do estado, superada somente pelo forte da Barra Grande de Santos e pelo de Bertioga, ambos de meados do século XVI. Por sua importância histórica, ela seria o primeiro bem tombado pelo Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), em 1938.

Em seus primórdios, o bairro de São Miguel tinha como importante referência o porto no rio Tietê, no local mais largo e profundo, que permitia a travessia para a outra margem. O aldeamento se transformaria em importante posto avançado no sistema de vigilância e defesa da vila de São Paulo contra os ataques dos inimigos tamoios que entravam pelo rio Tietê.

A constante chegada de europeus ao território indígena permitiria a ampliação do setor agrícola. Para isso, a região de São Miguel foi dividida em pequenas propriedades, no entanto sempre mantida à margem do desenvolvimento de outras partes do país. Aos poucos, o local foi assumindo as características de um povoado europeizado, com a instalação de muitas fazendas dedicadas à agricultura e à pecuária.

O aniversário do bairro passaria a ser comemorado de forma oficial a partir do ano de 1622, data em que surgiu – edificado sob coordenação do bandeirante Fernão Munhoz e do jesuíta João Álvares – um novo templo religioso erguido a partir das bases da pequena igreja. Mantida em um contexto de dificuldades permanentes, apenas em 1691 a igreja de São Miguel Arcanjo passaria pelos seus primeiros reparos. No começo do século XVIII os franciscanos promoveriam profundas reformas sem que ela perdesse suas características originais.

Uma intensa expansão industrial verificada em território paulista começou no final do século XIX. As vias férreas ali implantadas logo seriam acompanhadas pela formação de empresas industriais da capital e arredores. São Miguel Paulista, até então à margem do desenvolvimento paulista, estaria entre essas áreas, junto à Central do Brasil.

O primeiro setor industrial expressivo seria o de olarias e fábricas de produtos de cerâmica, com a chegada do século XX. A população da região aumentaria ao mesmo tempo: as fábricas motivam o surgimento de bairros operários que não parariam de se expandir até a época da Segunda Guerra Mundial.

As empresas instaladas no bairro seriam favorecidas pelo grande contingente de mão-de-obra barata disponível. Essa população seria em grande parte formada de nordestinos quase sempre fugidos das secas de sua região, mas também às vezes trazidos pelas indústrias para abastecê-las em suas necessidades. Várias fábricas importantes conduziriam à formação, ao seu redor, de vilas de trabalhadores densamente povoadas. Mais integrada, posteriormente, a região de São Miguel seria percorrida pela estrada Rio – São Paulo, naquele bairro transformada em ruas e avenidas assim que entrou em operação a rodovia presidente Dutra, ligando as duas maiores cidades do país.

Em nossos dias, cada vez mais acompanhando o ritmo da capital paulista, o bairro tem se mostrado dinâmico e cosmopolita o que se revela em seus restaurantes, lanchonetes, associações, jornais semanais, clubes, igrejas cristãs e até em uma mesquita islâmica, voltada a atender a ininterrupta chegada de imigrantes de origem árabe-muçulmana. A mesquita se localiza na região central e os religiosos que dela cuidam administram também um colégio dessa comunidade.

As opções – públicas ou particulares – nas áreas de educação e de saúde estão em crescimento constante. O comércio mais intenso gira em torno da praça, ativado pelas quatro principais avenidas: Nordestina, São Miguel, Pires do Rio e Marechal Tito.

A estação de trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) fica também ali perto. O mercado municipal é bem cuidado e organizado; nele, há características especiais que chamam a atenção do visitante, como a existência de um sebo para a venda de livros e revistas.

A bela praça central, Padre Aleixo Monteiro Mafra, é um modelo de referência urbana e centro de lazer. Ampla, arborizada, local de eventos e festividades, é conhecida por todos os moradores como a Praça do Forró. Além da igreja de São Miguel Arcanjo, ali fica também a catedral do bairro, fundada no ano de 1952, onde se guarda o pedaço de um fêmur de José de Anchieta em um relicário dourado depositado no altar



Fonte: http://agenciaplaneta.com.br/zonalestenews/noticias/default.asp?cod=220

2 comentários:

Marcio disse...

parabens a este bairro que eu adoro tanto!
é o bairro mais antigo de São Paulo se eu não estiver enganado.

parabens por este trabalho

Marco Antonio disse...

PARABENS A SÃO MIGUEL PAULISTA
BAIRRO DA ZONA LESTE DE SÃO PAULO
NESTE BAIRRO EXISTIA MUITOS OSSOS INDÍGENAS POR SER UMA TERRA QUE ERA SOMENTE DE ÍNDIOS, ESSE BAIRRO DEVERIA SER MAIS DESENVOLVIDO PELA HISTÓRIA QUE TEM NA CULTURA DE SÃO PAULO